HISTÓRIA 71 e 72 AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA E OS POVOS E OS REINOS AFRICANOS.
África: Aspectos Geográficos
Área: 30.215.303 km2
Limites geográficos:
Oceano Índico a leste
Oceano Atlântico a oeste e ao sul
Mar Mediterrâneo ao norte
Regionalização:
África do Norte (saariana)
Sahel
África Subsaariana
África Ocidental (oeste) e Oriental (leste)
Pré-História da África
África: o “berço da humanidade”
África: lugar de origem do homem, segundo Charles Darwin (Teoria da
Evolução)
Hominídeos (entre 5 e 3 milhões de anos)
- postura ereta
- bipedismo
Homo sapiens primitivo no continente africano há mais de 100 mil anos.
- cérebro complexo e volumoso
- bipedismo permanente
- mãos livres para a fabricação de instrumentos
- domínio do fogo
A
História da África é conhecida no Ocidente por escritos que datam da
Antiguidade Clássica.
O
homem passou a estar presente na África durante os primeiros anos da era
quaternária ou os últimos anos da era terciária.
A maioria dos restos de hominídeos fósseis que
os arqueólogos encontraram, australopitecos, homens de Neandertal
e de Cro-Magnon, em lugares diferenciados da África é a demonstração de que
essa parte do mundo é importante no processo evolutivo da espécie humana e
indica, até, a possível busca das origens do homem nesse continente...
África
Antiga
Egito antigo (3200 a.C. - 32
a.C.)
Localização: nordeste da África
Economia: agricultura de regadio (civilização hidráulica)
Sociedade: estamental
Política: teocracia
Religião: politeísmo (antropozoomorfismo)
Cultura: escrita (hieroglífica, hierática e demótica); mumificação; pirâmides e
templos
Decadência: cai sob domínio romano em 32 a.C.
REINO CUXITA
Reino de Kush (1730 a.C. - 350
d.C.)
Localização: parte do atual Sudão (antiga Núbia)
Monarquia eletiva
Agricultura, comércio e pastoreio
Entre os séculos VIII e VII a.C. os kushitas dominaram o Egito
Forte influência egípcia (construção de pirâmides)
Politeísmo
Cerâmica e rituais funerários (c/ sacrifícios humanos)
Conquistado pelo Reino de Axum em 350.
Reino de Axum (século I - X)
Localização: parte da atual Etiópia
Agricultura, pastoreio, artesanato (cerâmica) e comércio terrestre + comércio
marítimo (c/ Egito, Síria, Índia e o mundo mediterrânico) + comércio de
escravos (prisioneiros de guerra)
Monarquia
↑ Arquitetura: palácios
Cunhagem de moedas (primeiro Estado da África a cunhar moedas)
↑ Escrita (escrita etíope)
estatuetas
Religião: 1o politeísmo, 2o judaísmo, 3o cristianismo (século IV)
Conquistado pelos muçulmanos (entre os séculos VII e X)
O Norte da África é a região mais antiga do mundo.
A civilização egípcia floresceu e inter-relacionou-se com as demais áreas culturais
do mundo mediterrâneo,
motivos pelas quais essa região foi estreitamente vinculada, há milhares de
séculos, depois que a civilização ocidental foi geralmente desenvolvida.
As colônias pertencentes à Fenícia,
Cartago, a romanização, os vândalos aí fixados e o Império Bizantino influente
são os fatores pelos quais foi deixada no litoral mediterrâneo da África uma
essência da cultura que posteriormente os árabes assimilaram e modificaram.
Civilização de Cartago ao Norte da África - período da antiguidade.
Cor Verde no Mapa
OS ROMANOS
Fonte Imagem:slideplayer.com.br
Na civilização árabe foi encontrado um campo
de importância em que foi expandido e consolidada a cultura muçulmana no Norte
da África.
Os Árabes
O islamismo foi estendido pelo Sudão,
pelo Saara e pelo litoral leste.
O Surgimento do Islão e a expansão.
Nos últimos anos do século VII ocorreu à
união de um grupo de árabes em volta de um movimento religioso que Maomé
fundou.
Maomé chamou a religião de islão e seus
seguidores passaram a se conhecerem pelo nome de muçulmanos.
Foi convertida ao islão a maior parte da
população do Egito e das terras hoje pertencentes ao Iraque, à Palestina, ao
Irão e à Síria.
As conquistas do islão foram estendidas
no decorrer do tempo ao litoral norte da África, onde hoje existem a Líbia. a
Tunísia, a Argélia e Marrocos, e os muçulmanos até conquistaram a Península
Ibérica.
O islão passou a influenciar também
parte da África ao sul do Saara.
Foram convertidos pelos comerciantes
muçulmanos que os povos das cidades portuárias da parte oriental da África, nos
atuais países da Somália, do Quênia, da Tanzânia e do norte de Moçambique, onde
a língua de comunicação era e é o suaíli, que passou a ser escrita em letra
árabe..
Registou-se também uma forte penetração do
Islão na África Oriental, nas áreas que hoje correspondem ao Mali, ao Senegal,
a Burkina Faso e o norte da Costa do Marfim, do Gana e da Nigéria.
Nessa região, o islamismo é a religião pela
qual foram sendo seguidas as rotas de comércio do interior da África
(escravos,ouro, penas de avestruz) e estabelecidos encraves marítimos (especiarias,
seda) no Oceano Índico.
Simultaneamente, na África negra foram
conhecidos vários impérios e estados que aí floresceram.
Estes impérios e estados nasceram de
grandes clãs e tribos submetidos a um só soberano poderoso com características
próprias do feudalismo e da guerra.
Entre esses impérios de maior
importância figuram o de Axum, na Etiópia, que teve sua chegada ao apogeu no
século XIII.
IMPÉRIO AXUM
Fonte Imagem:alasonlinedehistoria.blogspot.comREINO DE GANA
Fonte Imagem: aulaszen.com
o
de Gana, que desenvolveu-se do século V ao XI
África
Ocidental: Reinos e Império
CURIOSIDADE: Conheça Mansa Musa, o homem mais rico
de todos os tempos! Fortuna do imperador do Mali é inestimável, mas passa dos
trilhões de dólares, de acordo com cálculos de especialista.
Reino de Gana (século IV - XIII)
Localização: entre o deserto do Saara e os rios
Níger e Senegal (atuais Mali e Mauritânia)
Capital: Kumbi-Saleh
Economia: agricultura, comércio (introdução do dromedário) e mineração (Terra
do Ouro)
Gana controlava o comércio (caravanas) tanto das mercadorias que eram trazidas
do norte (como sal e tecidos), quanto das que saíam do interior da África (como
ouro e escravos).
Política: monarquia (soberano com caráter divino - falava diretamente com os
deuses)
Religião: politeísmo animista (c/ sacrifícios humanos - todo ano uma virgem era
oferecida) e islamismo (posteriormente)
Etnia: soninquês e bérberes
Conquistado pelo Reino de Mali em 1235)
IMÉRIO MALI
Império do Mali (século XI - XVI)
Localização: África
Ocidental (atu ais Mali, Senegal, Gâmbia, Guiné, Guiné Bissau e Burkina Faso
Economia: mineração (ouro), agricultura, pecuária,
artesanato, escravidão e comércio (Timbuctu ou Tombuctu era um
importante centro comercial internacional e de artesanato do Sahelcongregando
populações de mercadores bérberes, árabes e judeus vindos da África do Norte,
do Oriente Médio e do Saara)
Etnia: mandinga
Política: monarquia (líder = mansa)
Destaque: Mansa Musa (1312-1337) =
maior islamização e expansão territorial (conquista da cidade de Timbuctu)
Religião: 1o politeísmo animista; 2o islamismo
Cultura: Timbuctu
Escolas corânicas (casas de estudos islâmicos)
Universidade de Sankor
Reunia comunidade de letrados e sábios e as mais
significativas obras do conhecimento desenvolvido pelo mundo árabe da época
Comércio de livros de medicina, história, astronomia e matemática
e
os estados muçulmanos que o sucederam foram o de Mali (do século XIII ao XV)
IMPÉRIO SONGAI
e
o de Songai (do século XV ao XVI);
REINO ABOMEI
o Reino de Abomei do Benim (século
XVII).
REINOS ZULUS
e a confederação zulu do sudeste
africano (século XIX).
ÁFRICA E OS REINOS AFRICANOS
Reino do Congo (século XIII - XIX)
Localização: sudoeste da África (parte
dos atuais territórios de Angola, República Democrática do Congo e Gabão)
Capital: Mbanza Congo (antiga São Salvador do Congo - Angola)
Economia: agricultura (coco, banana, dendê), criação de animais (porcos, cabras
e galinhas), comércio (o Reino do Congo era uma área de confluência de rotas
comerciais onde se trocavam sal, tecidos e metais) e artesanato + escravidão
(doméstica e ampliada) e tráfico negreiro
Política: monarquia (rei = mani pongo ou mani congo)
Religião: politeísmo animista + culto aos ancestrais + objetos
mágicos-religiosos e, a partir de 1491, cristianismo (colonização portuguesa)
Etnia: bantu
Cultura: estatuetas e máscaras feitas em madeira, cobre e marfim.
Conquistado pelos portugueses
Impérios
da África Ocidental
O florescimento dos impérios da África Ocidental ocorreu no ano 1000.
A opinião de alguns historiadores é de que eles têm se organizado pouco após o tempo em que viveu Jesus Cristo.
A opinião de outros autores é de que eles são da mais alta antiguidade.
Um dos impérios, que se chamava Canem, estava localizado nas imediações do lago Chade.
Outro, que se chamava Império do Gana, era situado na extremidade ocidental, onde está localizado o Mali e a parte meridional da Mauritânia. Tacrur estava localizado nos atuais países do Senegal e a Mauritânia.
A aparência política de Gana era a de um Estado que mais se fortaleceu dentre os impérios durante vários períodos de cem anos, mas seu poder entrou em declínio no século XI.
No século XIII, um império que se chamava Mali, que se localizava nos atuais países de Guiné e de Mali, substituiu Gana como o império que mais se fortaleceu na África Ocidental.
Nos últimos anos do século XV e primeiros anos do século XVI, o Império Songai fez a substituição do Império do Mali como o império que mais se fortaleceu.
A atividade comercial no Saara era uma das coisas mais importantes que esses impérios se interessavam.
Em direção para a parte setentrional ia o ouro e demais coisas produzidas na África ocidental, que os negociantes trocavam pelo sal e demais coisas produzidas no Norte da África e na Europa, mais precisamente nas cidades às margens do Saara.
Para que tivessem força, os impérios da África Ocidental eram obrigados a se responsabilizarem pelo controle dessas cidades.
Eles se tornavam mais fortes quando têm conquistado o controle das rotas comerciais da extensa área desértica e fronteiras do Norte da África. Entretanto, quando foram reduzidos à maior fraqueza, os responsáveis pela pilhagem dos impérios da África Ocidental foram os nômades que caçavam os ricos valores econômicos da África Ocidental.
Foi levado pelos mercadores muçulmanos o islamismo à África ocidental, durante longas viagens pelas rotas comerciais do Saara.
Os conquistadores no Oriente Médio tiveram o islamismo como religião, mas os comerciantes na África ocidental também tiveram essa religião.
A importância exercida pelo islamismo na África ocidental foi a de influir espiritualmente a população, e foram trazidas pela religião as coisas novas que se conheciam do mundo de fora e foi responsável pela introdução do ato de ler e escrever.
O árabe tem se tornado uma língua internacionalmente difundida na época.
Ao Sul das florestas centrais
Na parte meridional das florestas
centrais, foram formados, de 1000 até 1500, reinos que foram responsáveis pelo
controle de áreas que assemelhavam às da maioria dos países da Europa.
O Reino do Congo, que se localizava na
foz do rio Congo e em Angola, era um dos grandes reinos.
Era existente ainda o Reino Luba, que se
situava onde é hoje a parte meridional da República Democrática do Congo, e um
grupo de Estados que ficavam ao redor dos grandes lagos dos países que são hoje
Burundi, Ruanda, Tanzânia e Uganda.
O Reino do Caranga, que se chamava às
vezes de Império de Muanamutapa, estava localizado onde é hoje o Zimbábue. Sua
capital era a Grande Zimbábue.
Era vendido pelo Reino do Caranga o ouro
para os comerciantes que viviam no litoral oriental, e era o único reino da
parte meridional que se contatava com o mundo exterior.
Foram isolados pelas regiões de clima
parcialmente seco e de pouco povoamento os outros reinos meridionais do fato de
contatar com os grandes centros onde se desenvolvia a África.
Assim, estes reinos foram desenvolvidos
sem precisar saber escrever e de outras coisas inventadas que tiveram
importância nas demais partes da África.
EXPLORADORES EUROPEUS
Pigmeus
Durante
o século XV os exploradores vindos da Europa chegaram primeiramente no litoral
da África Ocidental.
O
estímulo dado a essa exploração foi uma forma de buscar novos caminhos para as
Índias, após o comércio ser fechado por parte dos turcos no leste do Mar
Mediterrâneo.
Os
colonizadores de Portugal, da Espanha, da França, da Inglaterra e dos Países
Baixos foram os competidores do novo caminho a fim de ser dominado por meio de
feitorias no litoral e portos de embarque para comercializar os escravos.
Colonização portuguesa
Uma
carta náutica de Fernão Vaz Dourado, da África ocidental extraída do atlas
náutico de 1571, pertencente ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa
Em
oposição ao oceano Índico, onde ocorre a mudança do vento de acordo com as
estações, o oceano Atlântico, no decorrer do litoral da África Ocidental,
existe a força dos ventos e as correntes que percorrem a descida desde a parte
meridional durante o ano inteiro. Até a metade do século XV, os navios europeus
não tinham a possibilidade de descida do litoral da África Ocidental e de
retorno à Europa. Somente após a construção feita pelos portugueses de navios
que tinham capacidade de navegação com retorno pelo litoral da África
Ocidental, na metade do século XV, é que eles tiveram a possibilidade de
qualquer ponto da África. De 1497 até 1498, foi comandada por Vasco da Gama uma
expedição portuguesa que percorreu o contorno do cabo da Boa Esperança com
destino às Índias.
Inicialmente,
os portugueses tiveram interesse principal em comerciar o ouro de Gâmbia, da
Costa do Ouro (atual Gana), e do Império Caranga.
Também
a tentativa feita pelos portugueses era a conversão ao cristianismo dos
governantes dos reinos do Congo, Benim, no sul da Nigéria, e Uolofe, no
Senegal.
Logo
foi descoberto pelos portugueses que a África tropical era muito perigosa para
aqueles que chegaram recentemente. Frequentemente, mais de 50% dos grupos de
colonizadores vindos da Europa que chegaram recentemente à África perderam a
vida dentro de um ano ou dois, por apresentarem sintomas de doenças tropicais
como a malária e a febre amarela
.
Nestas situações condicionais, somente que um negócio comercial que lucrava em
grande quantidade teria a possibilidade de atração dos mercadores europeus.
Os
escravos e o ouro têm se tornado o único negócio comercial que lucrava com
suficiência para os mercadores europeus serem atraídos para África.
Navio Negreiro ou Tumbeiro com Escravos
O Tráfico de Escravos
Na metade do século XV, teve início a
compra e a venda feita pelos portugueses de alguns escravos na Europa.
Entretanto, o tráfico de escravos ganhou
real importância depois que Cristóvão Colombo descobriu a América.
A morte dos habitantes dos povos
indígenas da América tropical ocorreu por serem vítimas pelas doenças
europeias, e a opinião dos europeus era de que eles próprios não tiveram
salvação das doenças tropicais da região do Caribe.
Assim, foram trazidos pelos europeus africanos
que tinham imunidade parcial à malária e à febre amarela para servirem como
trabalhadores braçais na América.
Os europeus tinham o direito de compra
de escravos no litoral da África porque seus prisioneiros de guerra foram
escravizados pelos africanos - como pelos muçulmanos e pelos cristãos do
litoral que viviam no Mar Mediterrâneo, na época.
Teve crescimento o tráfico de escravos
africanos à medida em que o estabelecimento feito pelos portugueses e pelos
espanhóis foi a importância de se plantar cana-de-açúcar no Brasil .
Na metade do século XVII, os
colonizadores vindos do Reino Unido, dos Países Baixos e da França têm entrado
no tráfico de escravos.
De 1450 até 1865, com o comércio
atlântico de escravos, foram trazidos pelos europeus dez milhões de escravos
para as Américas, que se originaram da parte do litoral da África Ocidental
entre o Senegal e Angola.
Foi estimulado pelo tráfico de escravos
que os governantes africanos realizassem a venda de prisioneiros a fim de
trocar roupas, armas de fogo e ferro da Europa.
Ao invés do aprendizado da fabricação
desses produtos, foi considerada pelos africanos uma facilidade muito grande na
obtenção de vender escravos.
Dessa forma, que se deve, em parte, ao
negócio de traficar escravos, a África ficou atrasada em se desenvolver
industrialmente em relação à Europa.
Razoavelmente, de 1780 e 1880, foi
iniciado pelos árabes e pelos africanos um negócio de traficar escravos no
litoral da África Oriental.
Os escravos da África Oriental entraram
em embarcações marítimas com destino para Zanzibar ou para os países
localizados no mar Vermelho e no golfo Pérsico.
Nos anos de 1580, foram controladas
pelos turcos otomanos muitas partes do Norte da África, entre o Egito e onde é
hoje a Argélia. Entretanto, de 1580 até 1800, o fato de os otomanos controlarem
o Norte da África entrou em declínio, e o comércio e a força militar dos
adeptos europeus do cristianismo teve crescimento no Norte da África. Foi
estabelecido pelos holandeses um entreposto de comércio localizado na Cidade do
Cabo, na parte meridional da África, em 1652. Houve crescimento da população
branca no lugar, e seus descendentes passaram a se conhecer pelo adjetivo de
africânderes.
Exceto o tráfico de escravos, tudo
aquilo que a Europa influiu não teve muita grandeza na África tropical até após
1800.
O tráfico de escravos entrou em declínio
nos primeiros anos do século XIX, e teve início na Europa a necessidade de
alimentos produzidos na África como o amendoim e o azeite de dendê, para serem
industrializados.
Os agricultores da África Ocidental
tiveram o início da grande dependência de comercialização desses produtos aos
europeus do que a sua dependência anterior com o comércio de escravos.
Após 1800, foi compreendido por alguns
daqueles governantes da África que, se forem copiados os métodos militares
europeus, teriam a possibilidade de conquista dos seus vizinhos.
Foram importados pelo Egito armas de
fogo e funcionários europeus para o auxílio na conquista de um grande império,
no atual Sudão.
Foi assumido por Zanzibar o fato de
controlar uma parte da África Oriental, que tinha extensão até o ponto de
encontro da atual parte oriental da República Democrática do Congo.
Foram conquistados pelos africânderes da parte
meridional da África os africanos da região nas imediações da parte setentrional
e foi fundada a independência de duas repúblicas, que se chamam Transvaal e
Estado Livre de Orange.
Concomitantemente,
foram realizadas as primeiras viagens científicas que adentraram o interior do
continente: Charles-Jacques Poncet na Abissínia, em 1700; James Bruce em 1770,
procurando o local onde nasce o Nilo; Friedrich Konrad Hornermann viajando no
deserto da Líbia sobre a garupa de um camelo, em 1798; Henry Morton Stanley e David
Livingstone na bacia do Congo, em 1879.
A partir do século XIX, as potências europeias
interessadas política e economicamente representavam estímulo para que o
interior da África seja penetrado e colonizado.
As
potências europeias desejavam a criação de impérios que fossem estendidos de
litoral a litoral, mas isso fez com que o Reino Unido (pelo qual foi conseguida
a ocupação de uma faixa de norte a sul, do Egito à África do Sul, além de
demais zonas colonizadas no golfo da Guiné), a França (que estabeleceu-se no
noroeste da África, em parte do equador africano e em Madagascar) e, em
quantidade pequena, Portugal (Angola, Moçambique, Guiné e uma diversidade de
ilhas estratégicas), Alemanha (Togo, Tanganica e Camarões), Bélgica (Congo
Belga), Itália (Líbia, Etiópia e Somália) e Espanha (parte do Marrocos, Saara
Ocidental e encraves na Guiné) brigassem entre si.
PARTILHA DA ÁFRICA PELOS EUROEUS
A partilha da África foi formalmente coDomínio colonial
A duração do domínio colonial sobre
muitas das partes da África foi entre 1900 e 1960.
Hoje em dia, a consideração feita pelos
africanos é a de que esse período foi uma experiência que humilhou.
Mas foi também um período em que se
progrediu muito.
Nunca tantos africanos foram educados
para que se contatassem com o restante do mundo.
Foi trazido por novas rodovias e
ferrovias que a África se desenvolvesse economicamente, apareceu o surgimento
de novas cidades.
Variou muito o domínio colonial na
diferença de partes da África.
Na parte meridional da África, foi
tomada pelos colonizadores brancos a excelente qualidade das terras e foi
construída uma sociedade industrial que foi responsável pela exclusão dos
africanos da totalidade das ocupações que não tivessem maior humildade
possível.
Na África tropical, os comerciantes ou
funcionários europeus foram os implantadores de seu domínio com os líderes
africanos que ajudaram.
De maneira ocasional, os europeus foram os
governantes dos países através da eleição de políticos africanos.
Problemas pós-coloniais
Localização da União Africana
Um dos resultados do colonialismo é o da
dificuldade de cooperação entre os novos Estados africanos.
Um dos problemas é a questão das
fronteiras arbitrárias, que em sua maioria assinalam a extensão das conquistas
coloniais ou da expansão imperial e que geralmente não têm qualquer relação com
as fronteiras naturais, geográficas ou étnicas.
O
colonialismo gerou também uma identificação política e econômica com a
metrópole colonial, particularmente forte no caso das ex-colônias francesas, e
que persiste até hoje, resultando inclusive um certo grau de dependência.
Muitos líderes africanos têm-se
esforçado por promover soluções pan-africanas para os problema do continente.
Um dos principais resultados desses
esforços foi a criação, em maio de 1963, da Organização da Unidade Africana
(OUA) com sede em Adis Abeba.
A
Organização da Unidade Africana foi substituída pela União Africana em 9 de
julho de 2002.
A OUA teve êxito na mediação da disputa
entre Argélia e Marrocos (1964-65), e nos litígios de fronteiras entre Etiópia
e Somália (que tornaram a eclodir em 1977) e entre Quênia e Somália (1965-67),
fracassando, porém, em impedir a guerra civil na Nigéria (1968-70).nsumada na Conferência de Berlim de
1884-1885, na qual firmou-se o princípio da ocupação efetiva como forma de
legitimar as colônias empossadas.
Devido
ao regime colonialista estabelecido no continente, foram destruídas e
modificadas as estruturas sociais, econômicas, políticas e religiosas da
maioria do território da África negra.
INDEPÊNDENCIA DOS PAISES AFRICANOS
As
colônias que proclamaram sua independência, processo emancipatório que
iniciou-se após a Segunda Guerra Mundial e concluiu-se principalmente de 1960
até 1975, estiveram sob ameaça da gravidade de problemas de integração
nacional, que resultaram das fronteiras arbitrárias como legado do sistema
colonialista, além da pobreza (o rápido crescimento da população africana é
mais elevado do que o número de alimentos produzidos).
Como
dependem econômica e politicamente das antigas metrópoles, a ineficiência da
administração, as tribos e as ideologias conflitantes entre si, todos esses
fatores agravantes fizeram com que a população das cidades crescesse.
Estas
são as principais barreiras que impedem que os novos países desenvolvam-se.
Os
governos desses países, majoritariamente com características de forças armadas
ou de presidencialismo, têm tendência à adoção de políticas de socialização que
garantem a libertação dos países das potências estrangeiras.
A
cooperação coletiva para a solução desses problemas deu origem a uma
diversidade de organizações supranacionais que baseiam-se na ideia do
pan-africanismo, ou a totalidade dos povos africanos unidos no entorno dos
interesses comuns; a de maior importância é a Organização da Unidade Africana
(OUA).
Movimento de independência
O início do movimento de independência
remonta ao período anterior aos últimos anos do século XIX.
Os povos africanos do Egito, da Costa do Ouro
(hoje Gana), da Nigéria e da África do Sul tiveram início da grande exigência
governamental de serem livres. Entretanto, o que se exigia de governo próprio
só foi convertido num movimento africano de massa após a Segunda Guerra Mundial
(1939-1945).
Quando isto foi dado, os poderes
coloniais eram obrigados a fazer escolha entre suas colônias tornarem-se
independentes, ou declaração de uma guerra cara para a continuação de suas
colônias a serem controladas.
A
luta dos franceses foi durante mais de oito anos para a continuação da Argélia
a ser controlada, mas a Argélia proclamou sua independência em 1962.
Outras colônias francesas tornaram-se
independentes pacificamente. A Bélgica e o Reino Unido deram o estatuto de país
independente às muitas de suas colônias por em 1961.
O mais importante movimento de
autogoverno problemático era a parte meridional da África.
A África do Sul declarou por completo a
sua independência do Reino Unido em 1931, mas somente os brancos tinham direito
de voto e de exercício de altos cargos públicos.
Na opinião dos africanos, isto era um
colonialismo especial.
Na ex-Rodésia (atual Zimbábue), a tentativa
dos brancos era continuidade de controlar o país declarando a sua independência
do Reino Unido em 1965.
Entretanto, a consideração dos países
africanos e o Reino Unido é que o fato de declarar um país independente é uma
ilegalidade.
A
luta de Portugal contra os movimentos africanos de resistência ocorreu durante
a década de 1960 e primeiros anos da década de 1970, para a continuidade de
controlar suas colônias.
A Guiné Portuguesa (atual Guiné-Bissau)
declarou-se independente em 1974.
Angola e Moçambique, e mais as colônias
portuguesas das ilhas de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, obtiveram sua
independência em 1975.
Pela independência não foram resolvidos
a totalidade dos problemas africanos.
Na maioria das novas nações não existiam
líderes com experiência própria.
No Congo (Leopoldville), atual República
Democrática do Congo, o governo teve queda imediata depois que o país
declarou-se independente, em junho de 1960. Pediu para que a Organização das
Nações Unidas ajudasse para o restabelecimento da ordem, depois da declaração
de independência da província congolesa de Catanga, em julho de 1960. Entre
1960 e 1965, o Congo teve uma diversidade de revoltas armadas, e foram
estabelecidos a maioria dos governos provisórios, até a tomada de posse feita
pelos líderes militares do controle do governo.
Ocorreu a tomada de posse feita pelos líderes
militares do governo numa variedade dos demais países da África.
Os grupos políticos e culturalmente
diferenciados têm causado guerras civis numa variedade de países.
ATIVIDADE:
1- A HISTÓRIA DA ÁFRICA É RIQUISSIMA EM ACONTECIMENTOS .
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