HISTÓRIA 71 e 72 AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA E OS POVOS E OS REINOS AFRICANOS.

13/10/2020
Aula 42

OS POVOS E OS REINOS AFRICANOS.

Fonte Imagem:cursoenemgratuito.com.br

Antes de iniciarmos a tratar dos Reinos e Povos Africanos, vamos conhecer um pouco mais  da História da África que é pouco conhecida e valorizada, mas que possui uma diversidade de aspectos Geográficos, Humano, Cultural, Histórico e  Científico
de importância fundamental para o conhecimento da própria origem da Humanidade e toda a sua complexidade.
* Links para quem quiser saber bem mais sobre a  a Fantástica Riqueza da África e seus Povos:

https://ipeafro.org.br/gratuito-historia-geral-da-africa-em-8-volumes-7357-paginas-em-pdf/

https://cursoenemgratuito.com.br/reinos-africanos/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_%C3%81frica

África: Aspectos Geográficos

Área: 30.215.303 km2

Limites geográficos:

    Oceano Índico a leste
    Oceano Atlântico a oeste e ao sul
    Mar Mediterrâneo ao norte

Regionalização:

    África do Norte (saariana)
    Sahel
    África Subsaariana
    África Ocidental (oeste) e Oriental (leste)








Pré-História da África

África: o “berço da humanidade”


África: lugar de origem do homem, segundo Charles Darwin (Teoria da Evolução)
   Hominídeos (entre 5 e 3 milhões de anos)

      - postura ereta
      - bipedismo

Homo sapiens primitivo no continente africano há mais de 100 mil anos.
   - cérebro complexo e volumoso
   - bipedismo permanente
   - mãos livres para a fabricação de instrumentos
   - domínio do fogo

A História da África é conhecida no Ocidente por escritos que datam da Antiguidade Clássica.

O homem passou a estar presente na África durante os primeiros anos da era quaternária ou os últimos anos da era terciária.

 A maioria dos restos de hominídeos fósseis que os arqueólogos encontraram, australopitecos, homens de Neandertal e de Cro-Magnon, em lugares diferenciados da África é a demonstração de que essa parte do mundo é importante no processo evolutivo da espécie humana e indica, até, a possível busca das origens do homem nesse continente...

Fonte Imagem: avph.com.br


África Antiga

Egito antigo (3200 a.C. - 32 a.C.)

Localização: nordeste da África
Economia: agricultura de regadio (civilização hidráulica)
Sociedade: estamental
Política: teocracia
Religião: politeísmo (antropozoomorfismo)
Cultura: escrita (hieroglífica, hierática e demótica); mumificação; pirâmides e templos
Decadência: cai sob domínio romano em 32 a.C.

REINO CUXITA

Fonte Imagem:tarcivan.com

Reino de Kush (1730 a.C. - 350 d.C.)

Localização: parte do atual Sudão (antiga Núbia)
Monarquia eletiva
Agricultura, comércio e pastoreio
Entre os séculos VIII e VII a.C. os kushitas dominaram o Egito
Forte influência egípcia (construção de pirâmides)
Politeísmo
Cerâmica e rituais funerários (c/ sacrifícios humanos)
Conquistado pelo Reino de Axum em 350.

Reino de Axum (século I - X)

Localização: parte da atual Etiópia
Agricultura, pastoreio, artesanato (cerâmica) e comércio terrestre + comércio marítimo (c/ Egito, Síria, Índia e o mundo mediterrânico) + comércio de escravos (prisioneiros de guerra) 
Monarquia
↑ Arquitetura: palácios
Cunhagem de moedas (primeiro Estado da África a cunhar moedas)
↑ Escrita (escrita etíope)
estatuetas
Religião: 1o politeísmo, 2o judaísmo, 3o cristianismo (século IV)
Conquistado pelos muçulmanos (entre os séculos VII e X)

O Norte da África é a região mais antiga do mundo.

A civilização egípcia floresceu e inter-relacionou-se com as demais áreas culturais

 do mundo mediterrâneo, motivos pelas quais essa região foi estreitamente vinculada, há milhares de séculos, depois que a civilização ocidental foi geralmente desenvolvida.


Fonte Imagem:unitur.com.br

As colônias pertencentes à Fenícia, Cartago, a romanização, os vândalos aí fixados e o Império Bizantino influente são os fatores pelos quais foi deixada no litoral mediterrâneo da África uma essência da cultura que posteriormente os árabes assimilaram e modificaram.

Civilização de Cartago ao Norte da África - período da antiguidade.

Cor Verde no Mapa

Fonte Imagem:Wikipédia 


Povos de Comerciantes Marítimos: Os Fenícios
Fonte Imagem:aventurasnahistoria.uol.com.br


OS ROMANOS
Fonte Imagem:slideplayer.com.br

 Na civilização árabe foi encontrado um campo de importância em que foi expandido e consolidada a cultura muçulmana no Norte da África.

Os Árabes

Fonte Imagem:m.historiadomundo.com.br

O islamismo foi estendido pelo Sudão, pelo Saara e pelo litoral leste.

O Surgimento do Islão  e a  expansão.

Nos últimos anos do século VII ocorreu à união de um grupo de árabes em volta de um movimento religioso que Maomé fundou.

Maomé chamou a religião de islão e seus seguidores passaram a se conhecerem pelo nome de muçulmanos.

 Foi convertida ao islão a maior parte da população do Egito e das terras hoje pertencentes ao Iraque, à Palestina, ao Irão e à Síria.

As conquistas do islão foram estendidas no decorrer do tempo ao litoral norte da África, onde hoje existem a Líbia. a Tunísia, a Argélia e Marrocos, e os muçulmanos até conquistaram a Península Ibérica.

O islão passou a influenciar também parte da África ao sul do Saara.

Foram convertidos pelos comerciantes muçulmanos que os povos das cidades portuárias da parte oriental da África, nos atuais países da Somália, do Quênia, da Tanzânia e do norte de Moçambique, onde a língua de comunicação era e é o suaíli, que passou a ser escrita em letra árabe..

 Registou-se também uma forte penetração do Islão na África Oriental, nas áreas que hoje correspondem ao Mali, ao Senegal, a Burkina Faso e o norte da Costa do Marfim, do Gana e da Nigéria.

 Nessa região, o islamismo é a religião pela qual foram sendo seguidas as rotas de comércio do interior da África (escravos,ouro, penas de avestruz) e estabelecidos encraves marítimos (especiarias, seda) no Oceano Índico.

Simultaneamente, na África negra foram conhecidos vários impérios e estados que aí floresceram.

Estes impérios e estados nasceram de grandes clãs e tribos submetidos a um só soberano poderoso com características próprias do feudalismo e da guerra.

Entre esses impérios de maior importância figuram o de Axum, na Etiópia, que teve sua chegada ao apogeu no século XIII.

IMPÉRIO AXUM

Fonte Imagem:alasonlinedehistoria.blogspot.com


REINO DE GANA
Fonte Imagem: aulaszen.com

 o de Gana, que desenvolveu-se do século V ao XI

África Ocidental: Reinos e Império

CURIOSIDADE: Conheça Mansa Musa, o homem mais rico de todos os tempos! Fortuna do imperador do Mali é inestimável, mas passa dos trilhões de dólares, de acordo com cálculos de especialista.

 Reino de Gana (século IV - XIII)

Localização: entre o deserto do Saara e os rios Níger e Senegal (atuais Mali e Mauritânia)
Capital: Kumbi-Saleh
Economia: agricultura, comércio (introdução do dromedário) e mineração (Terra do Ouro)
Gana controlava o comércio (caravanas) tanto das mercadorias que eram trazidas do norte (como sal e tecidos), quanto das que saíam do interior da África (como ouro e escravos). 
Política: monarquia (soberano com caráter divino - falava diretamente com os deuses)
Religião: politeísmo animista (c/ sacrifícios humanos - todo ano uma virgem era oferecida) e islamismo (posteriormente)
Etnia: soninquês e bérberes
Conquistado pelo Reino de Mali em 1235)

IMÉRIO MALI

Fonte Imagem:youtube.com

Império do Mali (século XI - XVI)

 

Localização: África Ocidental (atu ais Mali, Senegal, Gâmbia, Guiné, Guiné Bissau e Burkina Faso

Economia: mineração (ouro), agricultura, pecuária, artesanato, escravidão e comércio (Timbuctu ou Tombuctu era um importante centro comercial internacional e de artesanato do Sahelcongregando populações de mercadores bérberes, árabes e judeus vindos da África do Norte, do Oriente Médio e do Saara)

Etnia: mandinga

Política: monarquia (líder = mansa)

Destaque: Mansa Musa (1312-1337) = maior islamização e expansão territorial (conquista da cidade de Timbuctu)

Religião: 1o politeísmo animista; 2o islamismo

Cultura: Timbuctu

Escolas corânicas (casas de estudos islâmicos)

Universidade de Sankor

Reunia comunidade de letrados e sábios e as mais significativas obras do conhecimento desenvolvido pelo mundo árabe da época
Comércio de livros de medicina, história, astronomia e matemática

 e os estados muçulmanos que o sucederam foram o de Mali (do século XIII ao XV)


IMPÉRIO SONGAI

Fonte Imagem:aulazen.com

 e o de Songai (do século XV ao XVI);


REINO ABOMEI

Fonte Imagem: Wikipédia 

o Reino de Abomei do Benim (século XVII).

REINOS ZULUS


Fonte Imagem: Wikipédia 

e a confederação zulu do sudeste africano (século XIX).

ÁFRICA E OS REINOS AFRICANOS



REINO DO CONGO
Fonte Imagem:escolakidsuol.com.br

Reino do Congo (século XIII - XIX)

 Localização: sudoeste da África (parte dos atuais territórios de Angola, República Democrática do Congo e Gabão)
Capital: Mbanza Congo (antiga São Salvador do Congo - Angola)
Economia: agricultura (coco, banana, dendê), criação de animais (porcos, cabras e galinhas), comércio (o Reino do Congo era uma área de confluência de rotas comerciais onde se trocavam sal, tecidos e metais) e artesanato + escravidão (doméstica e ampliada) e tráfico negreiro
Política: monarquia (rei = mani pongo  ou mani congo)
Religião: politeísmo animista + culto aos ancestrais + objetos mágicos-religiosos e, a partir de 1491, cristianismo (colonização portuguesa)
Etnia: bantu
Cultura: estatuetas e máscaras feitas em madeira, cobre e marfim.
Conquistado pelos portugueses 


Impérios da África Ocidental

O florescimento dos impérios da África Ocidental ocorreu no ano 1000.

 A opinião de alguns historiadores é de que eles têm se organizado pouco após o tempo em que viveu Jesus Cristo.

 A opinião de outros autores é de que eles são da mais alta antiguidade.

Um dos impérios, que se chamava Canem, estava localizado nas imediações do lago Chade.

 Outro, que se chamava Império do Gana, era situado na extremidade ocidental, onde está localizado o Mali e a parte meridional da Mauritânia. Tacrur estava localizado nos atuais países do Senegal e a Mauritânia.

A aparência política de Gana era a de um Estado que mais se fortaleceu dentre os impérios durante vários períodos de cem anos, mas seu poder entrou em declínio no século XI.

 No século XIII, um império que se chamava Mali, que se localizava nos atuais países de Guiné e de Mali, substituiu Gana como o império que mais se fortaleceu na África Ocidental.

Nos últimos anos do século XV e primeiros anos do século XVI, o Império Songai fez a substituição do Império do Mali como o império que mais se fortaleceu.

A atividade comercial no Saara era uma das coisas mais importantes que esses impérios se interessavam.

Em direção para a parte setentrional ia o ouro e demais coisas produzidas na África ocidental, que os negociantes trocavam pelo sal e demais coisas produzidas no Norte da África e na Europa, mais precisamente nas cidades às margens do Saara.

Para que tivessem força, os impérios da África Ocidental eram obrigados a se responsabilizarem pelo controle dessas cidades.

Eles se tornavam mais fortes quando têm conquistado o controle das rotas comerciais da extensa área desértica e fronteiras do Norte da África. Entretanto, quando foram reduzidos à maior fraqueza, os responsáveis pela pilhagem dos impérios da África Ocidental foram os nômades que caçavam os ricos valores econômicos da África Ocidental.

Foi levado pelos mercadores muçulmanos o islamismo à África ocidental, durante longas viagens pelas rotas comerciais do Saara.

 Os conquistadores no Oriente Médio tiveram o islamismo como religião, mas os comerciantes na África ocidental também tiveram essa religião.

A importância exercida pelo islamismo na África ocidental foi a de influir espiritualmente a população, e foram trazidas pela religião as coisas novas que se conheciam do mundo de fora e foi responsável pela introdução do ato de ler e escrever.

 O árabe tem se tornado uma língua internacionalmente difundida na época.

 

Ao Sul das florestas centrais

Na parte meridional das florestas centrais, foram formados, de 1000 até 1500, reinos que foram responsáveis pelo controle de áreas que assemelhavam às da maioria dos países da Europa.

O Reino do Congo, que se localizava na foz do rio Congo e em Angola, era um dos grandes reinos.

Era existente ainda o Reino Luba, que se situava onde é hoje a parte meridional da República Democrática do Congo, e um grupo de Estados que ficavam ao redor dos grandes lagos dos países que são hoje Burundi, Ruanda, Tanzânia e Uganda.

O Reino do Caranga, que se chamava às vezes de Império de Muanamutapa, estava localizado onde é hoje o Zimbábue. Sua capital era a Grande Zimbábue.

Era vendido pelo Reino do Caranga o ouro para os comerciantes que viviam no litoral oriental, e era o único reino da parte meridional que se contatava com o mundo exterior.

Foram isolados pelas regiões de clima parcialmente seco e de pouco povoamento os outros reinos meridionais do fato de contatar com os grandes centros onde se desenvolvia a África.

Assim, estes reinos foram desenvolvidos sem precisar saber escrever e de outras coisas inventadas que tiveram importância nas demais partes da África.


EXPLORADORES EUROPEUS

Pigmeus

Fonte Imagem: aventurasnahistoria.uol.com.br

Durante o século XV os exploradores vindos da Europa chegaram primeiramente no litoral da África Ocidental.

O estímulo dado a essa exploração foi uma forma de buscar novos caminhos para as Índias, após o comércio ser fechado por parte dos turcos no leste do Mar Mediterrâneo.

Fonte Imagem:operamundi.uol.com.br

Os colonizadores de Portugal, da Espanha, da França, da Inglaterra e dos Países Baixos foram os competidores do novo caminho a fim de ser dominado por meio de feitorias no litoral e portos de embarque para comercializar os escravos.


Colonização portuguesa

 

Uma carta náutica de Fernão Vaz Dourado, da África ocidental extraída do atlas náutico de 1571, pertencente ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa

Em oposição ao oceano Índico, onde ocorre a mudança do vento de acordo com as estações, o oceano Atlântico, no decorrer do litoral da África Ocidental, existe a força dos ventos e as correntes que percorrem a descida desde a parte meridional durante o ano inteiro. Até a metade do século XV, os navios europeus não tinham a possibilidade de descida do litoral da África Ocidental e de retorno à Europa. Somente após a construção feita pelos portugueses de navios que tinham capacidade de navegação com retorno pelo litoral da África Ocidental, na metade do século XV, é que eles tiveram a possibilidade de qualquer ponto da África. De 1497 até 1498, foi comandada por Vasco da Gama uma expedição portuguesa que percorreu o contorno do cabo da Boa Esperança com destino às Índias.

Inicialmente, os portugueses tiveram interesse principal em comerciar o ouro de Gâmbia, da Costa do Ouro (atual Gana), e do Império Caranga.

Também a tentativa feita pelos portugueses era a conversão ao cristianismo dos governantes dos reinos do Congo, Benim, no sul da Nigéria, e Uolofe, no Senegal.

Logo foi descoberto pelos portugueses que a África tropical era muito perigosa para aqueles que chegaram recentemente. Frequentemente, mais de 50% dos grupos de colonizadores vindos da Europa que chegaram recentemente à África perderam a vida dentro de um ano ou dois, por apresentarem sintomas de doenças tropicais como a malária e a febre amarela

. Nestas situações condicionais, somente que um negócio comercial que lucrava em grande quantidade teria a possibilidade de atração dos mercadores europeus.

Os escravos e o ouro têm se tornado o único negócio comercial que lucrava com suficiência para os mercadores europeus serem atraídos para África.


Navio Negreiro ou Tumbeiro com Escravos

Fonte Imagem: br.pinterest.com


O Tráfico de Escravos

Na metade do século XV, teve início a compra e a venda feita pelos portugueses de alguns escravos na Europa.

Entretanto, o tráfico de escravos ganhou real importância depois que Cristóvão Colombo descobriu a América.

A morte dos habitantes dos povos indígenas da América tropical ocorreu por serem vítimas pelas doenças europeias, e a opinião dos europeus era de que eles próprios não tiveram salvação das doenças tropicais da região do Caribe.

 Assim, foram trazidos pelos europeus africanos que tinham imunidade parcial à malária e à febre amarela para servirem como trabalhadores braçais na América.

Os europeus tinham o direito de compra de escravos no litoral da África porque seus prisioneiros de guerra foram escravizados pelos africanos - como pelos muçulmanos e pelos cristãos do litoral que viviam no Mar Mediterrâneo, na época.

Teve crescimento o tráfico de escravos africanos à medida em que o estabelecimento feito pelos portugueses e pelos espanhóis foi a importância de se plantar cana-de-açúcar no Brasil .

Na metade do século XVII, os colonizadores vindos do Reino Unido, dos Países Baixos e da França têm entrado no tráfico de escravos.

De 1450 até 1865, com o comércio atlântico de escravos, foram trazidos pelos europeus dez milhões de escravos para as Américas, que se originaram da parte do litoral da África Ocidental entre o Senegal e Angola.

Foi estimulado pelo tráfico de escravos que os governantes africanos realizassem a venda de prisioneiros a fim de trocar roupas, armas de fogo e ferro da Europa.

Ao invés do aprendizado da fabricação desses produtos, foi considerada pelos africanos uma facilidade muito grande na obtenção de vender escravos.

Dessa forma, que se deve, em parte, ao negócio de traficar escravos, a África ficou atrasada em se desenvolver industrialmente em relação à Europa.

Razoavelmente, de 1780 e 1880, foi iniciado pelos árabes e pelos africanos um negócio de traficar escravos no litoral da África Oriental.

Os escravos da África Oriental entraram em embarcações marítimas com destino para Zanzibar ou para os países localizados no mar Vermelho e no golfo Pérsico.

Nos anos de 1580, foram controladas pelos turcos otomanos muitas partes do Norte da África, entre o Egito e onde é hoje a Argélia. Entretanto, de 1580 até 1800, o fato de os otomanos controlarem o Norte da África entrou em declínio, e o comércio e a força militar dos adeptos europeus do cristianismo teve crescimento no Norte da África. Foi estabelecido pelos holandeses um entreposto de comércio localizado na Cidade do Cabo, na parte meridional da África, em 1652. Houve crescimento da população branca no lugar, e seus descendentes passaram a se conhecer pelo adjetivo de africânderes.

Exceto o tráfico de escravos, tudo aquilo que a Europa influiu não teve muita grandeza na África tropical até após 1800.

O tráfico de escravos entrou em declínio nos primeiros anos do século XIX, e teve início na Europa a necessidade de alimentos produzidos na África como o amendoim e o azeite de dendê, para serem industrializados.

Os agricultores da África Ocidental tiveram o início da grande dependência de comercialização desses produtos aos europeus do que a sua dependência anterior com o comércio de escravos.

Após 1800, foi compreendido por alguns daqueles governantes da África que, se forem copiados os métodos militares europeus, teriam a possibilidade de conquista dos seus vizinhos.

Foram importados pelo Egito armas de fogo e funcionários europeus para o auxílio na conquista de um grande império, no atual Sudão.

Foi assumido por Zanzibar o fato de controlar uma parte da África Oriental, que tinha extensão até o ponto de encontro da atual parte oriental da República Democrática do Congo.

 Foram conquistados pelos africânderes da parte meridional da África os africanos da região nas imediações da parte setentrional e foi fundada a independência de duas repúblicas, que se chamam Transvaal e Estado Livre de Orange.

Concomitantemente, foram realizadas as primeiras viagens científicas que adentraram o interior do continente: Charles-Jacques Poncet na Abissínia, em 1700; James Bruce em 1770, procurando o local onde nasce o Nilo; Friedrich Konrad Hornermann viajando no deserto da Líbia sobre a garupa de um camelo, em 1798; Henry Morton Stanley e David Livingstone na bacia do Congo, em 1879.

 A partir do século XIX, as potências europeias interessadas política e economicamente representavam estímulo para que o interior da África seja penetrado e colonizado.

As potências europeias desejavam a criação de impérios que fossem estendidos de litoral a litoral, mas isso fez com que o Reino Unido (pelo qual foi conseguida a ocupação de uma faixa de norte a sul, do Egito à África do Sul, além de demais zonas colonizadas no golfo da Guiné), a França (que estabeleceu-se no noroeste da África, em parte do equador africano e em Madagascar) e, em quantidade pequena, Portugal (Angola, Moçambique, Guiné e uma diversidade de ilhas estratégicas), Alemanha (Togo, Tanganica e Camarões), Bélgica (Congo Belga), Itália (Líbia, Etiópia e Somália) e Espanha (parte do Marrocos, Saara Ocidental e encraves na Guiné) brigassem entre si.

PARTILHA DA ÁFRICA PELOS EUROEUS

Fonte Imagem: infoescola.com


A partilha da África foi formalmente coDomínio colonial

A duração do domínio colonial sobre muitas das partes da África foi entre 1900 e 1960.

Hoje em dia, a consideração feita pelos africanos é a de que esse período foi uma experiência que humilhou.

Mas foi também um período em que se progrediu muito.

Nunca tantos africanos foram educados para que se contatassem com o restante do mundo.

Foi trazido por novas rodovias e ferrovias que a África se desenvolvesse economicamente, apareceu o surgimento de novas cidades.

Variou muito o domínio colonial na diferença de partes da África.

Na parte meridional da África, foi tomada pelos colonizadores brancos a excelente qualidade das terras e foi construída uma sociedade industrial que foi responsável pela exclusão dos africanos da totalidade das ocupações que não tivessem maior humildade possível.

Na África tropical, os comerciantes ou funcionários europeus foram os implantadores de seu domínio com os líderes africanos que ajudaram.

 De maneira ocasional, os europeus foram os governantes dos países através da eleição de políticos africanos.

 

Problemas pós-coloniais

Localização da União Africana

Um dos resultados do colonialismo é o da dificuldade de cooperação entre os novos Estados africanos.

Um dos problemas é a questão das fronteiras arbitrárias, que em sua maioria assinalam a extensão das conquistas coloniais ou da expansão imperial e que geralmente não têm qualquer relação com as fronteiras naturais, geográficas ou étnicas.

 O colonialismo gerou também uma identificação política e econômica com a metrópole colonial, particularmente forte no caso das ex-colônias francesas, e que persiste até hoje, resultando inclusive um certo grau de dependência.

Muitos líderes africanos têm-se esforçado por promover soluções pan-africanas para os problema do continente.

Um dos principais resultados desses esforços foi a criação, em maio de 1963, da Organização da Unidade Africana (OUA) com sede em Adis Abeba.

 A Organização da Unidade Africana foi substituída pela União Africana em 9 de julho de 2002.

A OUA teve êxito na mediação da disputa entre Argélia e Marrocos (1964-65), e nos litígios de fronteiras entre Etiópia e Somália (que tornaram a eclodir em 1977) e entre Quênia e Somália (1965-67), fracassando, porém, em impedir a guerra civil na Nigéria (1968-70).nsumada na Conferência de Berlim de 1884-1885, na qual firmou-se o princípio da ocupação efetiva como forma de legitimar as colônias empossadas.

Devido ao regime colonialista estabelecido no continente, foram destruídas e modificadas as estruturas sociais, econômicas, políticas e religiosas da maioria do território da África negra.

INDEPÊNDENCIA DOS PAISES AFRICANOS

Fonte Imagem:safiraredefor.blogspot.com


As colônias que proclamaram sua independência, processo emancipatório que iniciou-se após a Segunda Guerra Mundial e concluiu-se principalmente de 1960 até 1975, estiveram sob ameaça da gravidade de problemas de integração nacional, que resultaram das fronteiras arbitrárias como legado do sistema colonialista, além da pobreza (o rápido crescimento da população africana é mais elevado do que o número de alimentos produzidos).

Como dependem econômica e politicamente das antigas metrópoles, a ineficiência da administração, as tribos e as ideologias conflitantes entre si, todos esses fatores agravantes fizeram com que a população das cidades crescesse.

Estas são as principais barreiras que impedem que os novos países desenvolvam-se.

Os governos desses países, majoritariamente com características de forças armadas ou de presidencialismo, têm tendência à adoção de políticas de socialização que garantem a libertação dos países das potências estrangeiras.

A cooperação coletiva para a solução desses problemas deu origem a uma diversidade de organizações supranacionais que baseiam-se na ideia do pan-africanismo, ou a totalidade dos povos africanos unidos no entorno dos interesses comuns; a de maior importância é a Organização da Unidade Africana (OUA).


Movimento de independência

 

O início do movimento de independência remonta ao período anterior aos últimos anos do século XIX.

 Os povos africanos do Egito, da Costa do Ouro (hoje Gana), da Nigéria e da África do Sul tiveram início da grande exigência governamental de serem livres. Entretanto, o que se exigia de governo próprio só foi convertido num movimento africano de massa após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Quando isto foi dado, os poderes coloniais eram obrigados a fazer escolha entre suas colônias tornarem-se independentes, ou declaração de uma guerra cara para a continuação de suas colônias a serem controladas.

 A luta dos franceses foi durante mais de oito anos para a continuação da Argélia a ser controlada, mas a Argélia proclamou sua independência em 1962.

Outras colônias francesas tornaram-se independentes pacificamente. A Bélgica e o Reino Unido deram o estatuto de país independente às muitas de suas colônias por em 1961.

O mais importante movimento de autogoverno problemático era a parte meridional da África.

A África do Sul declarou por completo a sua independência do Reino Unido em 1931, mas somente os brancos tinham direito de voto e de exercício de altos cargos públicos.

Na opinião dos africanos, isto era um colonialismo especial.

 Na ex-Rodésia (atual Zimbábue), a tentativa dos brancos era continuidade de controlar o país declarando a sua independência do Reino Unido em 1965.

 Entretanto, a consideração dos países africanos e o Reino Unido é que o fato de declarar um país independente é uma ilegalidade.

 A luta de Portugal contra os movimentos africanos de resistência ocorreu durante a década de 1960 e primeiros anos da década de 1970, para a continuidade de controlar suas colônias.

A Guiné Portuguesa (atual Guiné-Bissau) declarou-se independente em 1974.

 Angola e Moçambique, e mais as colônias portuguesas das ilhas de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, obtiveram sua independência em 1975.

 

Pela independência não foram resolvidos a totalidade dos problemas africanos.

 Na maioria das novas nações não existiam líderes com experiência própria.

No Congo (Leopoldville), atual República Democrática do Congo, o governo teve queda imediata depois que o país declarou-se independente, em junho de 1960. Pediu para que a Organização das Nações Unidas ajudasse para o restabelecimento da ordem, depois da declaração de independência da província congolesa de Catanga, em julho de 1960. Entre 1960 e 1965, o Congo teve uma diversidade de revoltas armadas, e foram estabelecidos a maioria dos governos provisórios, até a tomada de posse feita pelos líderes militares do controle do governo.

 Ocorreu a tomada de posse feita pelos líderes militares do governo numa variedade dos demais países da África.

Os grupos políticos e culturalmente diferenciados têm causado guerras civis numa variedade de países.

ATIVIDADE:


1- A HISTÓRIA DA ÁFRICA É RIQUISSIMA EM ACONTECIMENTOS .


Faça uma Leitura e destaque um Fato que julgas Importante!


Bom Trabalho!

JúlioAy Leal.


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