EJA MÓDULO IV BRASIL REPÚBLICA: A REPÚBLICA VELHA: "O CANGAÇO".

3011/2020
Aula 08

O CANGAÇO


Fonte Imagem historiailustrada.com.br


O cangaço foi um fenômeno do banditismo, crimes e violência ocorrido em quase todo o sertão do Nordeste do Brasil, entre o século XVIII e meados do século XX.

Seus membros vagavam em grupos, atravessando estados e atacando cidades, onde cometiam pilhagens, assassinatos e estupros.

Para muitos especialistas, o cangaço nasceu como uma forma de defesa dos sertanejos diante de graves problemas sociais e da ineficácia do Estado em manter a ordem e aplicar a lei.

Um dos principais líderes do cangaço foi Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião.

O termo cangaço vem da palavra canga, uma peça de madeira usada para prender junta de bois a carro ou arado, conhecida também como jugo.

Por volta de 1834, o termo cangaceiro já era utilizado para se referir a bandos de camponeses pobres que habitavam os desertos do nordeste brasileiro, vestindo roupas de couro e chapéus, carregando carabinas, revólveres, espingardas e facas longas e estreitas, conhecidas como peixeiras.

O termo Cangaceiro era uma expressão pejorativa, que designava a pessoa que não podia se adaptar ao estilo de vida costeira.

Por esta altura naquela região, havia dois principais grupos de bandidos armados frouxamente organizados: os jagunços, mercenários que trabalhavam para quem pagou o seu preço, geralmente proprietários de terras que queriam proteger ou expandir seus limites territoriais e também lidar com os trabalhadores rurais e os cangaceiros, bandidos sociais, que tinham algum nível de apoio da população mais pobre, com ​​os bandidos sustentando alguns comportamentos benéficos, como atos de caridade, a compra de bens por preços mais altos e promovendo bailes.

A população fornecia abrigo e as informações que os ajudavam a escapar das forças policiais, conhecidos como volantes, enviados pelo governo para detê-los.

 

O Cangaço pode ser dividido em três subgrupos: os que prestavam serviços caracterizados para os latifundiários- os satisfatórios, expressão de poder dos grandes fazendeiros.

 Os cangaceiros independentes, com características de banditismo.

 

Os cangaceiros conheciam bem a Caatinga, por isso era fácil fugir das autoridades.

Estavam sempre preparados para enfrentar todo o tipo de situação. Conheciam as plantas medicinais, as fontes de água, locais com alimentos, rotas de fuga e lugares de difícil acesso.

O primeiro bando de cangaceiros que se tem conhecimento foi o de Jesuíno Alves de Melo Calado, Jesuíno Brilhante, que agiu por volta de 1870, nas proximidades da cidade de Patu e entre a divisa dos estados do Rio Grande do Norte e Paraíba, embora alguns historiadores atribuam a Lucas Evangelista o feito de ser o primeiro a agregar um grupo característico de cangaço, nos arredores de Feira de Santana, em 1828, sendo ele preso junto com a sua quadrilha em 28 de janeiro de 1848, por provocar, durante vinte anos, assaltos contra a população de Feira.

O último grupo cangaceiro famoso foi o de Corisco (Cristino Gomes da Silva Cleto), morto em 25 de maio de 1940

 Bando de Virgínio Fortunato da Silva, vulgo "Moderno", em 1936.



Bando de Lampião.

Fonte Imagem br.pinterest.com



Fonte https://pt.wikipedia.org/wiki/Canga%C3%A7o

Mapa de atuação do Cangaço.
Fonte Imagem Wikipedia

Fonte Imagem bibocaambiental


História do cangaço

 Consta que o primeiro homem a agir como cangaceiro teria sido o Cabeleira, como era chamado José Gomes.

Nascido em 1751, em Glória do Goitá, cidade da zona da mata pernambucana, ele aterrorizou sua região.

Mas foi somente no final do século XIX que o cangaço ganhou força e prestígio, principalmente com Antonio Silvino, Lampião e Corisco.

Entre meados do século XIX e início do século XX, o Nordeste do Brasil viveu momentos difíceis, aterrorizado por grupos de homens que espalhavam a violência por onde andavam.

Eles eram os cangaceiros, bandidos que abraçaram a vida nômade e irregular de malfeitores por motivos diversos.

Alguns deles foram impelidos pelo despotismo das mulheres poderosas.

Lucas da Feira, ou Lucas Evangelista, agiu na região da cidade baiana de Feira de Santana entre 1828 e 1848.

Ele e seu bando de mais de 30 homens roubavam viajantes e estupravam mulheres.

Foi enforcado em 1849.

No ano de 1877, em meio a estiagem, destaca-se no sul do Ceará as ações do cangaceiro João Calangro, que chefiava um bando que atuava em todo o Cariri.

Calangro era um capanga do grupo de Inocêncio Vermelho, que tinha o apoio do juiz do município de Jardim. Com a morte de Inocêncio Vermelho, João Calangro lidera um séquito de cangaceiros, que em virtude de seu nome, passam a ser intitulados de calangos.

Após muitos embates, João Calangro, que jactava-se de ter cometido 32 homicídios, foge para Piauí, e a partir de então o desfecho de seu destino torna-se ignoto concernente aos registros sobre o mesmo.

Os cangaceiros conseguiram dominar o sertão durante muito tempo, pois eram protegidos de coronéis, que se utilizavam deles para cobrança de dívidas, entre outros serviços sujos.

Um caso particular foi o de Januário Garcia Leal, o Sete Orelhas, que agiu no sudeste do Brasil, no início do século XIX, tendo sido considerado justiceiro e honrado por uns, e cangaceiro por outros.

No sertão, consolidou-se uma forma de relação entre os grandes proprietários e seus vaqueiros.

A base desta relação era a fidelidade dos vaqueiros aos fazendeiros. O vaqueiro se disponibilizava a defender, de armas na mão, os interesses do patrão.

Como as rivalidades políticas eram grandes, havia muitos conflitos entre as poderosas famílias, que se cercavam de jagunços para defesa, formando assim verdadeiros exércitos. Porém, chegou o momento em que começaram a surgir os primeiros bandos armados, livres do controle dos fazendeiros.

Os coronéis tinham poder suficiente para impedir a ação dos cangaceiros.

O cangaceiro, em especial Lampião, tornou-se personagem do imaginário nacional, ora caracterizado como uma espécie de Robin Hood, que roubava dos ricos para dar aos pobres, ora caracterizado como uma figura pré-revolucionária, que questionava e subvertia a ordem social de sua época e região.


Para Saber Mais Visite o Site Abaixo >>>


https://pt.wikipedia.org/wiki/Canga%C3%A7o

Lampião
Fonte Imagem aventurasnahistoria.com.br


O Autor de Cinema e Televisão Nelson Xavier
é
Sem Dúvida a Melhor Interpretação de Lampião.
Fonte Imagem aventurasnahistoria.uol.com.br




ATIVIDADE


1- Pesquise Uma História Sobre o Cangaço e os Cangaceiros.


Bom Trabalho!

JúlioAyLeal.

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