EJA MÓDULO IV BRASIL REPÚBLICA: A REPÚBLICA VELHA: A REVOLTA DA VACINA

09/11/2020
Aula 05

A  REVOLTA DA VACINA

Fonte Imagem:profissãoatitude.com.br

A Revolta da Vacina foi um motim popular ocorrido entre 10 e 16 de novembro de 1904 na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil.

 

Seu pretexto imediato foi uma lei que determinava a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola...

 

Também é associada a causas mais profundas, como as reformas urbanas que estavam sendo realizadas pelo prefeito Pereira Passos...

 

As campanhas de saneamento lideradas pelo médico Oswaldo Cruz.

 

No início do século XX, o planejamento urbano da cidade do Rio de Janeiro, herdado do período colonial e do Império, não condizia mais com a condição de capital e centro das atividades econômicas.

 

Além disso, a cidade sofria com sérios problemas de saúde pública.

 

Doenças como a varíola, a peste bubônica e a febre amarela assolavam a população e preocupavam as autoridades.

 

No intuito de modernizar a cidade e controlar tais epidemias, o presidente Rodrigues Alves iniciou uma série de reformas urbanas e sanitárias que mudaram a geografia da cidade e o cotidiano de sua população.

 

Ruas foram alargadas, cortiços foram destruídos e a população pobre foi removida de suas antigas moradias.

 

Ao médico Oswaldo Cruz, que assumiu a Diretoria Geral de Saúde Pública em 1903, coube a campanha de saneamento da cidade, que visava erradicar a febre amarela, a peste bubônica e a varíola.

 

Com este intuito, em junho de 1904, o governo fez uma proposta de lei que tornava obrigatória a vacinação da população.

 

A lei gerou debates exaltados entre os legisladores e a população, e, apesar da forte campanha de oposição, foi aprovada no dia 31 de outubro

.

O estopim da revolta foi a publicação de um projeto de regulamentação da aplicação da vacina obrigatória no jornal A Notícia, em 9 de janeiro de 1904. O projeto exigia comprovantes de vacinação para a realização de matrículas nas escolas, para obtenção de empregos, viagens, hospedagens e casamentos.

Previa-se também o pagamento de multas para quem resistisse à vacinação.

 

Quando a proposta vazou para a imprensa, o povo indignado e contrariado iniciou uma série de conflitos e manifestações que se estenderam por cerca de uma semana.

 

Embora a vacinação obrigatória tenha sido o deflagrador da revolta, logo os protestos passaram a se dirigir aos serviços públicos em geral e aos representantes do governo, em especial contra as forças repressivas.

 

Um grupo de militares florianistas e positivistas, com o apoio de alguns setores civis, tentou se aproveitar do descontentamento popular para realizar um golpe de Estado na madrugada do dia 14 para o dia 15 de novembro, que, no entanto, foi derrotado.

 

No dia 16 de novembro, foi decretado o estado de sítio e a suspensão da vacinação obrigatória.

 

Dada a repressão sistemática e extinta a causa deflagradora, o movimento foi refluindo.

 

Na repressão que se seguiu à revolta, as forças policiais prenderam uma série de suspeitos e indivíduos considerados desordeiros, tivessem eles relação com a revolta ou não.

 

O saldo total foi de 945 pessoas presas na Ilha das Cobras, 30 mortos, 110 feridos e 461 deportados para o estado do Acre.


ATIVIDADE:


1- Qual o Motivo da Revolta do Povo ante a Vacinação Pretendida?


Bom Trabalho!


JulioAyLeal

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