EJA MÓDULO IV BRASIL REPÚBLICA: A REPÚBLICA VELHA: A REVOLTA DA VACINA
Aula 05
A REVOLTA DA VACINA
Seu pretexto imediato foi uma lei que
determinava a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola...
Também é associada a causas mais
profundas, como as reformas urbanas que estavam sendo realizadas pelo prefeito
Pereira Passos...
As campanhas de saneamento lideradas
pelo médico Oswaldo Cruz.
No início do século XX, o planejamento
urbano da cidade do Rio de Janeiro, herdado do período colonial e do Império,
não condizia mais com a condição de capital e centro das atividades econômicas.
Além disso, a cidade sofria com sérios
problemas de saúde pública.
Doenças como a varíola, a peste bubônica
e a febre amarela assolavam a população e preocupavam as autoridades.
No intuito de modernizar a cidade e
controlar tais epidemias, o presidente Rodrigues Alves iniciou uma série de
reformas urbanas e sanitárias que mudaram a geografia da cidade e o cotidiano
de sua população.
Ruas foram alargadas, cortiços foram
destruídos e a população pobre foi removida de suas antigas moradias.
Ao médico Oswaldo Cruz, que assumiu a
Diretoria Geral de Saúde Pública em 1903, coube a campanha de saneamento da
cidade, que visava erradicar a febre amarela, a peste bubônica e a varíola.
Com este intuito, em junho de 1904, o
governo fez uma proposta de lei que tornava obrigatória a vacinação da
população.
A lei gerou debates exaltados entre os
legisladores e a população, e, apesar da forte campanha de oposição, foi
aprovada no dia 31 de outubro
.
O estopim da revolta foi a publicação de
um projeto de regulamentação da aplicação da vacina obrigatória no jornal A
Notícia, em 9 de janeiro de 1904. O projeto exigia comprovantes de vacinação
para a realização de matrículas nas escolas, para obtenção de empregos,
viagens, hospedagens e casamentos.
Previa-se também o pagamento de multas
para quem resistisse à vacinação.
Quando a proposta vazou para a imprensa,
o povo indignado e contrariado iniciou uma série de conflitos e manifestações
que se estenderam por cerca de uma semana.
Embora a vacinação obrigatória tenha
sido o deflagrador da revolta, logo os protestos passaram a se dirigir aos
serviços públicos em geral e aos representantes do governo, em especial contra
as forças repressivas.
Um grupo de militares florianistas e
positivistas, com o apoio de alguns setores civis, tentou se aproveitar do
descontentamento popular para realizar um golpe de Estado na madrugada do dia
14 para o dia 15 de novembro, que, no entanto, foi derrotado.
No dia 16 de novembro, foi decretado o
estado de sítio e a suspensão da vacinação obrigatória.
Dada a repressão sistemática e extinta a
causa deflagradora, o movimento foi refluindo.
Na repressão que se seguiu à revolta, as
forças policiais prenderam uma série de suspeitos e indivíduos considerados
desordeiros, tivessem eles relação com a revolta ou não.
O saldo total foi de 945 pessoas presas
na Ilha das Cobras, 30 mortos, 110 feridos e 461 deportados para o estado do
Acre.
ATIVIDADE:
1- Qual o Motivo da Revolta do Povo ante a Vacinação Pretendida?
Bom Trabalho!

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