HISTÓRIA EJA AS CRUZADAS
AS CRUZADAS
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Fonte:
Youtub Conhecimento Geral
https://www.youtube.com/watch?v=_fe5UwFdsUE

Mapa com a Rota das Principais Cruzadas partindo da Europa ao Oriente.
As Cruzadas foram movimentos militares
cristãos em sentido à Terra Santa com a finalidade de ocupá-la e mantê-la sob
domínio cristão.
No
século VII surgiu no Oriente Médio uma religião também monoteísta que
conquistaria muitos adeptos com o passar do século. O Islamismo foi difundido
através do profeta Maomé e o seu crescimento criaria grandes embates com o
cristianismo.
No final do século XI disputas entre Cristãos,
Mulçumanos e Judeus pelos lugares dito “Santo”.
A cidade de
Jerusalém era o principal local sagrado para essas religiões monoteístas.
A ocupação da cidade e das regiões próximas que compõem
a chamada Terra Santa foi motivo de muitos conflitos entre essas religiões na
Idade Média e ainda é hoje uma das causas da instabilidade no Oriente Médio.
O termo Cruzada foi assim nomeado porque seus
participantes se consideravam soldados de Cristo e se distinguiam pela cruz em
suas roupas.
No ano 1000 teve crescimento das
peregrinações de cristãos a Jerusalém, e os muçulmanos ocuparam cada vez mais a
Terra Santa, criando grandes impedimentos para o trânsito de cristãos. A
situação se agravou no decorrer do século XI e irritou os cristãos, que se
reuniram para a primeira expedição militar que os levaria à Terra Santa para
tentar expulsar os muçulmanos da região e devolvê-la aos cristãos.
Entre os anos 1096 e 1270, muitas
expedições foram organizadas para tentar reconquistar Jerusalém, porém os
muçulmanos se mantiveram firme na região após vários conflitos.
Antes da primeira Cruzada organizada por
nobres europeus, houve um movimento extra-oficial que ficou conhecido como
Cruzada dos Mendigos ou Cruzada Popular. O monge Pedro reuniu uma multidão que
incluía mulheres, velhos e crianças para atuar como guerreiros. A expedição até
chegou ao Oriente, mas foi facilmente massacrada.
A
Primeira Cruzada oficial foi convocada pelo Papa Urbano II, que reuniu a nobreza europeia em 1095 para
combater os infiéis que ocupavam a Terra Santa. No ano seguinte, os
cruzados partiram para Jerusalém e tiveram sucesso, conquistando a Terra Santa, o principado de
Antioquia e os condados de Trípoli e Edessa.
Algumas décadas depois, os muçulmanos conseguiram reconquistar a cidade de Edessa, o que motivou uma nova
expedição,
a segunda Cruzada, entre os anos 1147 e 1149. No entanto, não causou a
mesma comoção da primeira e resultou
em uma grave derrota, o que deixou profundo ressentimento no Ocidente.
Mais décadas se passaram e, em 1187, o sultão
Saladino obteve uma vitória esmagadora sobre os cristãos em Jerusalém,
reconquistando a cidade para os muçulmanos. Em resposta, o Papa Gregório VIII
convocou uma nova Cruzada, que ficou famosa pela participação de três
importantes reis da Europa: Ricardo Coração de Leão, da Inglaterra; Frederico
Barbarossa, do Sacro Império Romano Germânico; e Felipe Augusto, da França. A Terceira
Cruzada, que ocorreu entre os anos 1189 e 1192, mais uma vez, não resultou em
vitória para os cristãos, mas o rei Ricardo Coração de Leão conseguiu
assinar um acordo de paz
com Saladino permitindo a peregrinação dos cristãos com
segurança até Jerusalém.
Outras
Cruzadas:
No início do século seguinte, nova
Cruzada foi convocada para atacar Constantinopla. A expedição ocorrida entre
1202 e 1204 tinha fins políticos que não receberam a aprovação do Papa
Inocêncio III. A Quarta Cruzada deixou notáveis consequências política e
religiosas porque enfraqueceu o Império Oriental e agravou o ódio entre a
cristandade grega e latina. Poucos anos depois, em 1208, o mesmo papa convocou
uma Cruzada contra os cátaros no Lanquedoc. O catarismo, doutrina que acreditava
no dualismo, ou seja, na existência de um Deus bom e outro mal, era considerado
uma heresia e seu crescimento incomodava muito a Igreja Católica. Séculos mais
tarde, seus seguidores seriam perseguidos também pela Inquisição.
Um dos eventos mais curiosos envolvendo
as Cruzadas certamente foi o de 1212. Na ocasião, crianças e adolescentes que
acreditavam estarem possuídas do poder divino para reconquistar Jerusalém
partiram em direção aos portos para embarcarem rumo à Palestina. A expedição
que ficou conhecida como Cruzada das Crianças vitimou vários dos jovens ainda
durante a viagem e os sobreviventes foram vendidos como escravos aos muçulmanos
quando atracaram no porto de Alexandria. Calcula-se que 50 mil crianças tenham
sido colocadas nos barcos da mais desastrosa das expedições cristãs.
Nova Cruzada oficial ocorreria entre os
anos 1217 e 1221. Porém o fracasso não seria novidade. A quinta expedição não
conseguiu nem mesmo superar as enchentes do Rio Nilo e acabou desistindo de
seus objetivos de tomar uma fortaleza muçulmana no Egito. Poucos anos depois, a
Sexta Cruzada, ocorrida entre 1228 e 1229, finalmente alcançou sucesso através
da liderança de Frederico II. Este conseguiu obter a posse de Jerusalém, de
Belém e de Nazaré para os cristãos por dez anos. No entanto, em 1244 os
cristãos perderam o domínio dessas localidades novamente para os muçulmanos.
Entre 1248 e 1254, a Sétima Cruzada foi
liderada pelo rei francês Luís IX que desembarcou para combate no Egito e
recebeu a oferta de posse de Jerusalém, a qual recusou. Na continuidade dos
conflitos, o rei foi aprisionado e seu resgate custou 500 mil moedas de ouro.
Mas foi o mesmo rei que comandou a Oitava Cruzada em 1270. Só que ele faleceu
devido à peste logo após desembarcar em Túnis, o que encerrou mais uma
expedição. Uma Nona Cruzada ainda é descrita por alguns, embora muitos
argumentem que tenha sido parte integrante da Oitava Cruzada. Após a morte do
rei Luís IX, o príncipe Eduardo da Inglaterra teria comandado seus seguidores
até o Acre (cidade em Israel) para combater os adversários nos dois anos
seguintes. Mas, preparando-se para atacar Jerusalém, recebeu a notícia do
falecimento de seu pai e decidiu retornar à Inglaterra para herdar seu trono de
direito, encerrando a expedição e o turbulento século XIII.
As Cruzadas foram um fracasso em seu
objetivo de conquistar a Terra Santa para os cristãos. Custaram muito caro para
a nobreza europeia e resultaram em milhares de mortes. No entanto, essas
expedições influenciaram grandes transformações no mundo medieval. Elas
causaram o enfraquecimento da aristocracia feudal, fortaleceram o poder real e
possibilitaram a expansão do mercado. A civilização oriental contribuiu muito
para o enriquecimento cultural europeu, promovendo desenvolvimento intelectual.
Nunca mais Jerusalém foi dominada pelos cristãos, mas as movimentações
ocorridas no trajeto para a Terra Santa expandiram os relacionamentos com o
mundo conhecido na época.
Fontes:
MAALOUF,
Amin. As Cruzadas vistas pelos
árabes. São Paulo: Brasiliense, 2001.
WILLIAMS,
Paul. O guia completo das cruzadas.
São Paulo: Madras, 2007.
Por
Antonio Gasparetto Junior
Mestrado em História (UFJF, 2013)
Graduação em História (UFJF, 2010)
ATIVIDADE:
Assistência a Vídeo aula e Leitua do Texto.
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No Caderno Responder:
O Que entendeu por Cruzada?
Quais seus Objetivos?
E Quais foram seus Resultados?
* Não Esqueça de Postar a Foto do Caderno com a Atividade Realizada lá no Claas Room para o Devido Registro!
Bom Trabalho!
Julio ay leal
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